Maus políticos contam com a memória curta do eleitorado e por isso tendem a melhorar a qualidade do seu trabalho apenas nos períodos imediatamente anteriores às eleições e um número considerável de pessoas não se lembra em quem votou na última eleição e sequer acompanha as ações dos políticos.
O noticíário constantemente nos traz que, parlamentares estariam mais preocupados com seus esquemas para ganhar dinheiro fácil e em grande quantidade do que com os anseios dos eleitores.
Mas será que os parlamentos (federal, estaduais e municipais) não representam a população?
Querendo ou não, nossos parlamentos, federal, estaduais e municipais, são a representação de nossa sociedade.
Sabemos que parcela da sociedade age no dia-a-dia levando pequenas vantagens indevidas sobre os demais:
- o troco a mais, recebido por erro do operador de caixa do supermercado, que não é devolvido;
- o pedido para quebrar uma regra, a fim de beneficiar parentes ou a si próprio, em detrimento de outras pessoas;
- a furada de fila;
- a apropriação de um material de escritório ou as cópias particulares feitas no trabalho.
Essas atitudes, consideradas "menores", praticadas por muitas pessoas, costumam ser vistas como esperteza, uma oportunidade a ser aproveitada. Na realidade são atitudes desprovidas de senso ético.
Devemos refletir: não se deve esperar que pessoas que faltam com a ética nas coisas de pequeno valor ou interesse venham a agir eticamente em oportunidades de maior responsabilidade
Como será que aquele servidor público ou cidadão que aceita um pequeno
presente para fazer sua obrigação agiria se fosse um parlamentar e
recebesse uma proposta indecorosa de uma empreiteira interessada em determinada
obra pública?
A falta de compromisso ético de uma importante parcela da sociedade explica
a enorme transigência para com políticos desonestos.
Às vezes nem é a iminente vantagem que motiva o voto no político desonesto,
mas a simples identificação dele como uma pessoa sagaz, no mau sentido da
palavra, alguém que sabe aproveitar uma oportunidade de se beneficiar da
máquina pública.
Outras vezes os candidatos colocam-se como os "salvadores" a
serviço dos eleitores com um discurso populista, paladinos da ética, da
honestidade, do trabalho, mas será que o discurso se concretizará em ações
concretas?
Ano eleitoral nos dá a oportunidade de refletir sobre o voto:
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