Ninguém é contra o progresso, geração de
receita e empregos, que virá com a ampliação do porto até pelos numeros
apresentados, área atual 400 mil m2 para 1,2 milhão de m2, 5 berços atuais para
20, 4 armazéns atuais para 6, zero tanques atuais para 8 tanques. A construção
vai gerar 2.800 empregos e o custo de 2,5 bilhões.
O que estamos dialogando é empreendimento x alteração na mobilidade urbana, poluição
ambiental gerada, mais as desapropriações, a relocação das
famílias sejam elas 50 ou 300.
A Administração Municipal de São Sebastião está fazendo sua
parte, mas ela pode ser fortalecida pela mobilizAÇÃO dos moradores para que se
adotem medidas, ou melhor, compromissos a serem cumpridos a cada lote de
intervenção.Claro que o progresso econômico é importante mas quanto isso vai gerar em qualidade de vida (educação, saúde, saneamento básico, moradia)?
É importante elaborar um Plano Compromissso
para cada 8 anos com cronograma de
efetivação anual (Governos do Estado, do Municipio e as empresas públicas e
privadas) porque não basta gerar receita
é preciso gerar qualidade de vida e muito mais, tornar a cidade auto-suficiente
com responsabilidade sustentável.
Hoje os
discursos público e privados enfatizam muito a economia “verde” destacando o
desenvolvimento econômico e a inclusão social, e nem sempre integrados à
preservação do meio ambiente, como evidenciados nos argumentos do representante
da Cia. das Docas e claro que vão muito além da argumentação dos biomas
defendidos pelo Secretário de Meio Ambiente Municipal.
Os defensores defendem o argumento : “mais empregos” , as médias oficiais para os
Municípios de São Sebastião, Caraguatatuba e Ilhabela os dois setores que mais
empregaram, no período de 2006, foram o comércio e o serviço, atingindo médias
maiores que a do Estado. Tal fato está associado a característica regional de
pólo de desenvolvimento turístico.
Para o período entre 2003 a 2006, o crescimento no número de empregos oferecidos foi de aproximadamente 8,7% em São Sebastião, 44,23% em Ilhabela e 23,9% em Caraguatatuba. Neste mesmo período, o Estado de São Paulo apresentou crescimento de aproximadamente 18%.
Outro alerta é instalação de incinerador colocada nas declarações oficiais: “Atualmente está em estudo a implantação de um Centro Integrado de Tratamento de Resíduos
Sólidos de âmbito regional, onde prevê-se a instalação de incinerador”.
Incinerador de resíduos sólidos – tecnologia obsoleta descartada que
EUA e Europa querem “vender” para o Brasil com a justificativa “furada” de “gerar
energia”.
E vai contra
a Convenção de Estocolmo, em 2004, onde o Brasil ratificou o tratado da
Organização das Nações Unidas (ONU), e reconheceu que os incineradores são uma
das principais fontes de formação de dioxinas e furanos, poluentes orgânicos
persistentes e bioacumulativos dos mais tóxicos produzidos pelo ser humano. De
acordo com a Convenção, é recomendável que o uso de incineradores seja
eliminado progressivamente.É imprescindível discutir com os agentes comerciais de importação e exportação, os gestores públicos municipal, estadual e federal, e principalmente com os moradores de São Sebastião sobre os impactos que decorrerão dessa ampliação e quais deverão ser as ações a serem praticadas por aqueles que exploram e os que virão explorar economicamente como formas de minimizar esses impactos na qualidade de vida de toda coletividade.
A receita gerada pelo Porto (do jeito que está) e Petrobrás (atual intervenção em 1/3 do território) não resolveram por exemplo poluição da Bacia Hidrográfica do Córrego Mãe Isabel, especificamente no Bairro da Topolândia.
A declaração simplista de Marcelo Arreguy Barbosa, gerente de Meio Ambiente do Dersa se contrapõe com a realidade porque qualquer desapropriação mexe com o dia a dia das famílias e separa vínculos construídos ao longo dos anos.
IMPORTANTE que se disseminem todas as informações, os prós e os contras objetivando a sensibilizAÇÃO e a conscientizAÇÃO para formar agentes de mobilizAÇÃO para pressionar a favor da qualidade de vida dos moradores que não deve se perder com a ampliação do porto de São Sebastião.
arquivos de 1 a 4
arquivos de 1 a 5
http://www.saosebastiao.sp.gov.br/finaltemp/news.asp?lD=N952013171933
http://www.portodesaosebastiao.com.br/documentoPDZ Porto de Sao Sebastiao.pdf
http://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/files/2011/11/Ranking-PMVA-21-02-2013.pdf