Sustentável

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19 de set. de 2013

Saude em S.C.Sul - Chega de amadorismo

Aos senhores e senhoras do Conselho Municipal de Saúde - Exercício 2013 – 2015 para conhecimento e providências.

c.c. Sr. Paulo Nunes Pinheiro, prefeito municipal  (médico da família na gestão do prefeito Sr. José Auricchio Junior)
c.c. Sra. Lucia Dal'mas, vice prefeita municipal
c.c. Sr. Sidão da Padaria , presidente da Câmara Municipal  (vereador reeleito e ciente das ações do governo anterior Sr. José Auricchio Junior)
Participei das 2 últimas reuniões públicas do Conselho e constatei algumas inconformidades administrativas pertinentes a organização da mesa diretora, inconsistência das atas, falhas no atendimento com usuários presentes, falta de remédios, falha na humanização do atendimento, não esclarecimento relativo ao convenio com entidade para internação de toxidependentes quanto a regularidade, segundo usuários não houve continuidade a partir de janeiro/2013..
Equipamento terceirizado para exames oncológicos, cujo contrato venceu, equipamento devolvido em 2013,  deixando em falta aos usuários.

Marcação de exames, consultas médicas com intervalo muito grande de 30 a 45 dias, alguns casos ultrapasam 60 dias, é desrespeitoso, porque doença ou suspeita de, não escolhe hora.
Mas nada tão grave quanto o relato e vídeo abaixo, denúncia ao DESPERTA SÃO CAETANO .

VIDEO RELATO DA FILHA DA SRA MARIA DAMAS FERREIRA (DESPERTA SÃO CAETANO - por Keli Cristina)

ttps://www.facebook.com/#!/photo.php?v=10201183733050079&set=vb.1072990997&type=2&theater



Cabe aos Conselheiros (alguns reeleitos)   providências imediatas:

Sallum Kalil Neto  (conselheiro na gestão do Sr. José Auricchio Junior)

Reinaldo Luiz Salmazo   (conselheiro na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Marcia Oliveira Cavalcante Vidoski
Lucia Borges de Carvalho  (conselheira na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Solange Teixeira Cardoso Keller  (conselheira na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Riselma Bernardo Mota
Roberto Martins
Simon Calcin Neto
Diomar Gonçalves Castanheira
Lazaro de Paula
Jose Francisco Tavares
Valter de Oliveira Filho
Paulo Roberto dos Santos
Izilda aparecida dos Santos   (conselheira na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Renato Izepe Braga
Carlos Alberto Ponce
Lazaro Roberto Leão
Silvana Gonçalves Gaspar
Adriano Costa Braga   (conselheiro na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Márcia Pepe Marques  (conselheira na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Solange Aparecida Rios
Toebaldo Antonio de Carvalho
Alexandra Nicoleti Mantelli
Meire Evelyn de Vasconcelos Bedani
Jose Agostinho Bueno  (conselheiro na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Airton Carlos Lauriano dos Santos Junior  
Franciele Candida da Silva 
Eliete Maria da Silva 
Dulce Wilma Vincci  (conselheira na gestão do Sr. José Auricchio Junior)   
Iolanda Ambrosio de Souza
Airton Carlos Lauriano dos Santos  (conselheiro na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Adilio Inacio da Silva
Paula Damiana do Amaral Marcondes
Ligia Regina Trugillo Barbi
Wilson Diogo Fernandes Filho  (conselheiro na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Carla Pinheiro Justi  (conselheira na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Claudio Prieto  (conselheiro na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Gilberto Laporta  (conselheiro na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Neusa Toloi Lacava   ( conselheira na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Marcelo Peinado Piotto   (conselheiro na gestão do Sr. José Auricchio Junior)
Roberto Canavezzi
Alcione Beluzzo
Paulo João Benevento
Milta Garcia Sukaldonik
Miguel Parente Dias
Estelamar Nunes Santos
Vicente de Paula Enedino
Wildinei da Costa e Silva

RELATO
Me chamo Mariliz Damas Ferreira, sou filha de Maria Damas Ferreira que veio a óbito em 14/09 no Hospital Maria Braido.
Mais do que um desabafo o que pretendo com este relato é ALERTAR outras famílias da precariedade da saúde pública em São Caetano do Sul, negligência, imperícia médica, omissão de socorro, isso acontece aqui com mais frequência do que se imagina, o problema é que nem todas as famílias levam o ocorrido à público, quero mudar isso, senão pela minha mãe, por outras vidas.

Na gestão anterior minha mãe teve um acidente com o aparelho de raio x no posto de saúde Samuel Klein, ele estourou e caiu óleo quente nos olhos, boca e ouvidos de minha mãe, os vidros da ampola fizeram pequenos cortes em seu corpo, e ao cair da mesa ela bateu a cabeça na escadinha, na época tentei levar isso à público, mas infelizmente a gestão da época conseguiu abafar tudo.
Mas hoje não me deixarei calar, mesmo não podendo trazer minha mãe de volta à vida, quero justiça, por ela, e por todos os outros, minha mãe sempre foi uma pessoa boa, à todos ajudou, porque não agora mesmo diante de tamanha tragédia, mesmo depois de morta ela não continue a ajudar, enquanto ficarmos em casa conformados com o descaso na área da saúde, estaremos sujeitos a mais e mais tragédias, isso não é por dinheiro porque minha mãe é impagável, é por respeito, por melhores condições na saúde, para a preservação de vidas.

Vou relatar agora com detalhes todo o ocorrido...
Minha mãe foi levada ao PS Albert Sabin no sábado dia 07/09/13 pela manhã com fortes dores abdominais, la ela foi avaliada pelo médico plantonista da emergência do dia que pediu um eletro e exame de sangue que não apresentaram alterações, no fim da tarde com a dor bastante amenizada foi liberada,.
No domingo 08/09/13 ela teve fortes dores abdominais e ficou com a cor amarelada, a levamos novamente ao PS lá outro médico pediu que fizessem novamente exames e uma ultrassonografia de abdômen que diagnosticou ela com pedras na vesícula, ela permaneceu internada na emergência do PS, e na segunda feira seguinte dia 09/09 ela foi levada de ambulância do PS para o Hospital Maria Braido para fazer uma tomografia de abdômen, e voltou para a emergência do PS no mesmo dia, passou mais uma noite sem acompanhante, pois no PS não é permitido.
Na terça feira dia 10/09 ela foi transferida para o Hosp.Maria Braido às 17:30hs para uma cirurgia de retirada de vesícula urgente, deste momento em diante eu não a deixei só por nenhum momento, ela estava em jejum, e mesmo assim não foi operada, as enfermeiras não sabiam sequer quando ela seria.
Na quarta durante o dia fizeram novamente exames de sangue, e eletro, novamente a cirurgia não ocorreu, questionei ainda porque minha mãe não urinava e nem defecava desde sua internação, fui informada de que como ela estava em jejum era normal, na madrugada de quarta (11/09) para quinta (12/09) minha mãe começou a vomitar muito um liquido marrom, quase aspirou se uma amiga não me ajudasse a vira-la rapidamente enquanto gritávamos por socorro aos enfermeiros, uma vez normalizada a situação ela dormiu, na quinta (12/09) minha mãe já não acordou normal, estava com os olhos vidrados e bastante confusa, implorei tanto que passaram uma sonda nela, saiu quase um litro de urina de cor marrom, perguntei novamente sobre a lavagem, e o médico não autorizou, questionei novamente sobre a cirurgia e nada!!!
Na sexta dia 13/09 minha mãe acordou e percebi que ela estava com a língua esverdeada, na mesma hora em que subiu uma Dra nefrologista que disse que os exames coletados indicaram que ela estava com insuficiência renal e respiratória e quadro de arritmia cardíaca, fiquei sem chão porque 10 dias antes minha mãe fez todos os exames pré operatórios para colocar prótese no fêmur e quadril e ela não tinha nenhum doença de base, absolutamente nada , corri e peguei o diretor do Hospital pelo braço e levei até ela, rapidamente ele buscou 2 cirurgiões para avalia-la, eles disseram que precisavam fazer uma tomografia para ter certeza de que ela deveria ser operada com urgência, foi quando questionei se a tomografia de segunda dia 09/09 não servia, com espanto eles perguntaram onde estava a tomo, e onde havia sido feita respondi que foi feita lá mesmo e ironicamente que deveria estar no prontuário.
Eles saíram rapidamente para analisar a tomografia e voltaram correndo dizendo que a mesma era indicativa de cirurgia imediata, falei: Esperai esta tomografia é de 09/09, hj é 13/09 e só agora ela é urgente?

E a resposta que obtive foi de que fariam a cirurgia imediatamente pra que ela tivesse uma chance de vida e a levaram ao centro cirúrgico, quando acabou fui chamada para me passarem informações sobre como havia corrido a cirurgia, fui informada de que minha mãe estava com a vesícula suporada e com o intestino também, tinham fezes em toda sua cavidade abdominal, o que explica a infecção generalizada que a matou no sábado dia 14/09, dai a minha revolta, uma cirurgia de emergência que não foi feita, uma lavagem não feita, uma tomografia com laudo de colecistite aguda não analisada, e uma falta de transparência incrível de médico para paciente/familiar!!!
Não importa que o processo que esta sendo aberto contra todos os envolvidos não vá trazer minha mãe de volta, nem nos interessa qualquer tipo de indenização, porque a vida da minha mãe é impagável, queremos apenas que os culpados paguem pelos seus erros, e que sirva de alerta, para que não aconteça com mais ninguém!!!
Tenho todo o prontuário médico, tomografia, e exames de antes dela ser internada e os de durante sua internação para provar o que digo, e me encontro a disposição para conversas com quer que seja para que isso não aconteça mais.
E lamento que a atual gestão não seja tão transparente como pregou em toda sua campanha, pois não tive resposta alguma, mesmo tendo mandado várias mensagens via rede social/facebook, todas foram apagadas, mensagens que tenho como provar que foram lidas e ignoradas, lamento muito que isso esteja acontecendo, mas quero, preciso e exijo explicações...
Espero que sirva de alerta a todos vcs munícipes de São Caetano e região!!!

Atenciosamente,

Mariliz Damas

Segundo informações ao DESPERTA SÃO CAETANO  (Keli Cristina)  a Sra. Mariliz Damas já providenciou o B.O.  (boletim de ocorrência) e constituiu advogado.