Sustentável

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8 de set. de 2015

Saúde - Farmácia Básica em S.C.Sul

Comentando a declaração oficial (**) que São Caetano do Sul oferece 900 itens entregues à população:

Algumas perguntas considero pertinentes  à declaração oficial da ADM PAULO PINHEIRO: 

1)  Amostras grátis  -  Transparência -  Amostras grátis  x distribuidoras e/ou fornecedores de medicamentos.
Em que medida interferem para “cobrir” a falta de medicamentos que devem ser reguladores na Assistência Farmacêutica Básica?
E as novas compras?. 

2)  Qual é o documento oficial emitido pela ADM uma vez que, até a presente data não foi apresentado o REMUME – Relação Municipal de Medicamentos Essenciais?. 

Remume – exemplo: 
http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/01_09_2014_16.54.50.b5b690c8a6ac08933d6e0f91f6af045a.pdf 

3)  900 itens oferecidos -  Declaração oficial  -  não ficou claro se, esses 900 itens oferecidos foram resultados de   decisões técnicas e  tomadas em colegiado  e não com base no consumo histórico, ou seja, os medicamentos selecionados (não temos conhecimento: quais)  são aqueles que já são consumidos  regularmente no município. 

4)   900 itens –  baseado  em dados de consumo histórico, ou seja, os medicamentos selecionados são aqueles que já são consumidos regularmente no Município. 

Quais são os registros municipais oficias dos últimos 5 anos x programação de compra de medicamentos?

Será que a  programação obedece:

a) consumo x demanda (atendida e não atendida)  de cada produto?
b) Sazonalidade x estoques existentes x descontinuidade?
c) Sistema de informação x  gestão de estoques eficientes?
d) Perfil epidemiológico ?   para que se possa conhecer as doenças pevalentes x necessidade de medicamentos  para intervenção 

5)   Assistência Farmacêutica em São Caetano do Sul 

-    A Descentralização, qual modalidade foi adotada?  Total ? Mista?

Se mista, qual o papel do Governo do Estado de São Paulo  na coordenação e controle da assistência  farmacêutica para com São Caetano do Sul?

-      A gestão do ciclo da assistência farmacêutica  em São Caetano do Sul permite a otimização dos recursos, garante a oferta de medicamentos nas unidades básicas de saúde e evita os desperdícios?

-    O planejamento da assistência farmacêutica e a seleção dos medicamentos são realizados  de forma coerente com as necessidades da população?

-    A programação das compras/pedidos garante que as quantidades de medicamentos  correspondam à demanda da população e estejam disponíveis tempestivamente?

-   Quais as medidas de controle no recebimento e no armazenamento dos medicamentos para evitar desvios e desperdícios?

-    A distribuição dos medicamentos ocorre tempestivamente, nas quantidades solicitadas pelas UBS e mantendo a sua integridade?

-    O fluxo do medicamento no âmbito da UBS permite o controle da quantidade recebida e dispensada e a orientação quanto ao uso dos fármacos entregues ao paciente? 


-    Comissão de Assistência Farmacêutica – existe em São Caetano do Sul? 

Importância: a Assistência Farmacêutica  é uma atividade multidisciplinar e exige a  articulação permanente com áreas técnicas, administrativas, coordenações de programas estratégicos de saúde:

- Hanseníase, Tuberculose, Saúde Mental, Programa Saúde da Família (PSF),  Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), Vigilância Sanitária,  Epidemiológica, área administrativo (financeira, planejamento, material e patrimônio, licitação, auditoria), Conselho Municipal de Saúde, profissionais de saúde.




(**)   ADM PAULO PINHEIRO  - declaração








TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO




Programa "Farmácia Básica"
O TCU  Tribunal de Contas da União promoveu auditoria operacional, integrante da Fiscalização de Orientação Centralizada destinada a analisar a implantação e operacionalização da assistência farmacêutica básica  pelos  três níveis da federação, avaliando a eficiência na gestão dos recursos pelos entes estaduais e  municipais e os controles realizados pelo Ministério da Saúde (FOC Farmácia Básica). 

Entre as ações apontadas pelo levantamento como de maior risco está o Programa  "Farmácia Básica". 

TCU 006.379/2010 – despacho do Ministro Relator José Jorge
TCU 002.088/2009 

http://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?inline=1&fileId=8A8182A14D6E85DD014D7327A1F1045B 

Com base nas entrevistas com os gestores do Ministério da Saúde  e pareceres SECEX-MT e SECEX-RS  foram mapeados alguns riscos entre os quais destacam-se: 

a inadequação do controle de estoque, resultando em desperdício de recursos públicos em razão do vencimento do prazo de validade dos medicamentos.

- fragilidade de  controle na execução dos recursos, tendo como consequência o desvio de finalidade dada à percepção da impunidade.

A Assistência Farmacêutica Básica foi escolhida como objeto de auditoria em função de alguns fatores: 

-  da  materialidade da ação, que no ano de 2009 teve R$ 908 milhões de despesas liquidadas, somente de recursos federais.

- da elevada complexidade na sua operacionalização, uma vez que ela é executada por estados e municípios, surgindo daí a necessidade de coordenação entre as três esferas da federação.

 - da falta de instrumentos de controle que garantam que seus objetivos sejam alcançados.

-  devido ao  expressivo número de denúncias de falta de medicamentos veiculadas na mídia.

-  às diversas  irregularidades encontradas nas fiscalizações realizadas pelos órgãos de controle como a CGU, o Denasus e o próprio TCU. 

Baseado em dados de 2009 o  modelo adotado para a assistência farmacêutica é o da gestão descentralizada, em que cabe aos municípios a aquisição e dispensação dos medicamentos, sob a coordenação dos estados.

A  transferência federal fundo a fundo a estados e municípios descentralizada pode ocorrer de 2 formas: total e mista. 

Descentralização total: os municípios são os responsáveis pela compra e dispensação dos medicamentos à população, recebendo os recursos do governo federal diretamente no Fundo Municipal de Saúde: 21 estados usam essa sistemática. 

Descentralização mista:  a aquisição dos medicamentos de alguns municípios ocorre de forma centralizada pelo governo estadual, enquanto os municípios maiores recebem os recursos diretamente no fundo municipal



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