Sustentável

Sustentável

5 de jun. de 2012

05 de Junho - Dia Internacional de Meio Ambiente

Esse ano teremos no Brasil a Rio+20 para marcar os vinte anos da realização da Conferência  das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) que tem por finalidade a renovação do  compromisso político das nações com o desenvolvimento sustentável,  avaliação do progresso e o que comprometeu a  implementação das decisões assumidas na Rio +92 e tratamento de novos temas.

A Conferência terá dois temas principais:
- A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza
- A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

O conceito de Economia Verde nos traz algumas perguntas fundamentais:
- Quanto vale uma floresta em pé?
- É possível ganhar dinheiro, gerar empregos, qualidade de vida e desenvolvimento, e conservar o meio ambiente ao mesmo tempo?
- Se sim, como?

Segundo artigo do blog de Alfredo Sirkis (PV - RJ):  quatro grandes propostas podem qualificar os passos iniciais rumo a uma economia verde:
1 – revisão do PIB como indicador-mor do desenvolvimento. A destruição ambiental e social não pode ser contabilizada como é atualmente.
2 - Um New Deal verde global: um grande investimento público de governos e bancos multilaterais em inovação tecnológica, energias limpas, mega- reflorestamentos, reconversão de sistemas de transporte e saneamento.
3 – Uma mudança nos sistema tributários nacionais substituindo tributos/subsídios ambiental e socialmente regressivos por uma taxação nacional e internacional da intensidade de carbono.
4 – A atribuição de valor econômico a serviços ambientais prestados pelos ecossistemas.

Em vez de se perder no labirinto de um Draft Zero com suas duas centenas de páginas os negociadores da Rio + 20 deveriam trilhar o caminho da simplicidade.
Essas quatro ações somadas às “metas de desenvolvimento sustentável” serviriam para assegurar o sucesso possível da Rio + 20. Ao contrário da Rio 92 que simplesmente fechou as Convenções do Clima, Biodiversidade e Desertificação e a Agenda 21 já vinham sendo negociadas há anos, os dois temas da Rio + 20 estão no início de seu processo de discussão na ONU embora não sejam tão novos assim.

Economia verde é um conceito vago em busca de definições claras e prática e a Rio+20 é a oportunidade para se esboçar o caminho para uma economia de baixo carbono compatível com a preservação da biodiversidade e da vida no planeta com o desafio de  atrair os trilhões de dólares da especulação financeira para uma economia produtiva de baixo carbono mas que implica em ações que ocupem o vazio do capitalismo recessivo,  especulativo, concentrador de renda, mas fica a pergunta:  quantas nações vão querer abrir mão desse modelo político?

Hoje frente à recessão econômica mundial, a maioria das nações está se esforçando para separar a questão da mudança climática da agenda da Conferência, quando não deveria,  porque a estabilidade do clima é um pressuposto da civilização humana desde a revolução neolítica.

E nos reportamos à cidade de São Caetano do Sul com questionamentos ambientais ainda não respondidos pela Secretaria de Meio Ambiente:


- por que a arborização  não atingiu o mínimo padronizado pela ONU que é de 14 m2 / h enquanto Presidente Prudente atingiu 52 m2/h e Curitiba 51 m2/h?  S.C.Sul está com 4 m2/h.

- por que ainda estamos engatinhando na Política de Redução de Resíduos Sólidos?

- por que o programa de Coletiva Seletiva ainda não atingiu os 100% ?

- por que não há uma política ambiental satisfatória a partir de um diagnóstico consistente, bairro a bairro?

- por que o CONDEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente hoje não representa e não dá conhecimento à sociedade das ações apresentadas e implementadas pela Administração Municipal?

- por que pouco empenho em regulamentar a lei nº 4.328 de 06/10/2005 para cadastro de todos os animais de São Caetano do Sul, apesar de tantos defensores da causa animal se destacando em  2012?

- por que pouco empenho de estudo real diagnosticando e dando conhecimento à sociedade da qualidade do ar em São Caetano do Sul?


Hoje é imprescindível que haja comprometimento político em fazer de São Caetano do Sul um exemplo de cidade sustentável em todos os seus aspectos: social, econômico e ambiental e para isso é indispensável que hajam politicas públicas que atenda não "partes" mas a "cidade como um todo", assim ganham todos os moradores.

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